quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

O Poder da Criança que Ora

O Poder da Criança que Ora

Stormie Omartian



Para todos aqueles que amam as crianças

          Querida mamãe ou papai, vovó ou vovô, titia ou titio, professor ou educador, ou seja
 lá quem for que te­nha o amor do Pai pela criança que lê este livro, Deus quer falar 
com as crianças. As crianças querem falar com Deus, e o quanto antes
 ensiná-las melhor. Não importa a idade da criança, ela nunca é pequena 
demais para aprender a orar.
          Muitos livros maravilhosos foram escritos sobre a oração, mas grande parte
 deles destina-se aos adultos. Por que os adultos ficam com todos os livros bons? 
As orações dos adul­tos são mais poderosas do que as da criança? 
Não necessariamente. Conheço muitas crianças que têm grande fé e sabem 
orar muito bem. Suas orações são mais poderosas do que as de um adulto 
que tem fé fraca e raramente conversa com Deus.
          Nenhum adulto jamais deve subestimar o potencial das orações da criança,
 porque o poder das orações dela é igual ao das orações do adulto. E o poder de Deus.
Se a fé é a centelha que inflama esse poder, então não há limite para o brilho da
 chama que arderá no coração da criança nem para o que Deus poderá fazer
 em resposta. Que importa se quem ora é grande ou pequeno?
          As crianças tendem a ter uma fé pura, estão prontas para crer em Deus e
 dispostas a confiar na resposta dele para suas orações. Elas não têm as 
mesmas dúvidas e perguntas sobre oração que têm os adultos. As crianças
 podem aprender facil­mente a orar, a agradecer a Deus quando suas orações 
são respondidas e a discernir as respostas para uma oração respondida de
 forma inesperada. Elas só precisam saber que Deus é real, que ele ouve
 as orações delas e que ele lhes responderá.
          As crianças têm paixão. À medida que elas crescem, essa paixão aumenta. 
E tenha certeza de que elas usarão essa paixão para alguma coisa, seja para o 
bem ou seja para o mal. Mas você pode ajudá-las a aproveitar essa paixão e
 usá-la para o Senhor, ensinando-as a ter um relacionamento honesto, aberto, 
íntimo e apaixonado com Deus enquanto são crianças. 
Quanto mais cedo aprenderem, menor será a dificuldade para manter uma 
vida de oração ativa quando ficarem mais velhas. Não pense que seu filho
 é pequeno demais para entregar a vida a Deus. O inimigo certamente 
não pensa que seu filho é pequeno demais para cumprir na vida dele os 
seus planos. E mais fácil ensinar uma criança a orar do que mais tarde 
remediar uma situação difícil que poderia ter sido evitada com a oração.
          Se você quer ver Deus agir de um modo especial em seu filho, ensine-o a
 conversar com seu Pai celestial. Este livro será útil. As crianças não podem ter
 um relacionamento ínti­mo com Deus a menos que aprendam a ter o hábito 
de comunicar-se com ele em oração. Você se surpreenderá quando seu filho 
começar a orar sozinho. Nada poderá aquecer mais seu coração do que 
ouvir dos lábios de seu filho uma oração inspirada pelo Espírito Santo.
          Deus quer que os adultos se aproximem dele como criancinhas.
 De modo aberto, honesto, ousado e apaixonado. Po­demos aprender muito
 sobre isso com as crianças, e elas podem aprender muito conosco quando 
vêem e ouvem nossa oração. As crianças que existem em sua vida prestam 
atenção no que você faz.
          Convide-as a participar de suas orações, ore com elas e por elas.
 As crianças rapidamente se enchem do amor de Deus e se dispõem a
 compartilhá-lo, por isso as incentive a orar pelos outros também. Nunca
 hesite em pedir a seus filhos que orem por você. Orar por você os incentiva
 a participar de uma vida de oração ativa e vital, faz uma oração comum parecer 
natural e um hábito para eles, ajuda-os a fa­zer da oração um modo de vida. 
Além disso, nunca sabe quan­do você poderá precisar de uma oração tão 
poderosa, pura e cheia de fé como a de uma criança.
          Não se esqueça de dizer a seus filhos que você sempre terá prazer
 em orar com eles que quiserem. Algumas vezes, você conseguirá saber mais 
coisas sobre eles e sobre o que está acontecendo na vida deles em um
 único pedido de oração e terá uma percepção que talvez não conseguisse 
de outra for­ma. Se você nunca orou com eles antes, peça desculpas por
 isso e diga a eles que pretende compensar o tempo perdido agora. 
Eles apreciarão suas orações, e você terá um relacionamento mais 
profundo com eles.
Neste livro estão muitos exemplos de como uma criança orou e 
Deus respondeu à oração. Há inúmeras descrições, explicações e 
definições de oração que estão relacionadas à vida, idade e
 ambiente da criança. Há histórias de oração extraídas da Bíblia. 
Entre elas também estão exemplos de ora­ções que podem ser feitas 
em casos de situações específicas.
          Há também espaços reservados para que a criança possa es­crever
 as próprias orações. Tudo isso servirá de estímulo para que a criança ore
 de coração e desenvolva uma vida de oração expressiva e cheia de frutos.
          Foi orando primeiro por eles que ensinei meus filhos a orar. Eles 
ouviam minha oração e a repetiam. Depois, fiz com que eles orassem sozinhos. 
Algumas orações pequenas no início: pela ferida na pata do cachorro, por um 
amigo na es­cola, por um exame que tinham de fazer, pela proteção de Deus. 

E vimos muitas respostas para essas orações. Nunca hesitei em pedir que meus 
filhos orassem por mim — ou por outra pessoa — por coisas que eu sabia que
 poderiam entender, de acordo com a idade que tinham. Agora meus filhos
 estão adultos e não preciso mais pedir que orem; eles simplesmente oram. 
A oração é uma parte importante da vida deles.
          Lembro-me de quando meu filho tinha dez anos e eu estava com uma 
terrível dor de cabeça. Ele entrou em meu quarto e perguntou:
 "Posso orar por você, mamãe?". Ado­rei ver que ele me perguntou antes 
mesmo de eu ter a chance de pedir a ele. Logo depois da oração, minha dor de cabeça sumiu.
          Nunca subestime o poder da criança que ora.

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